Diferentes motivações levam uma paciente a desejar a melhoria estética das mamas. Com o passar dos anos, a mama sofre modificações em sua estrutura e isso é normal. As mamas se tornam mais flácidas, apresentando queda. A força da gravidade, aliada a alterações no colágeno e na própria composição da mama, são os responsáveis por essas alterações.
A genética também é um fator determinante e que indica se a mama irá cair mais ou menos. Mamas pequenas e densas são menos propensas à ptose quando comparadas a mamas volumosas e adiposas. Outros fatores podem acentuar e antecipar esse processo, tais como:
- Grandes variações de peso (para mais e para menos);
- Amamentação e gestação;
- Uso de terapias hormonais;
- Realização de exercício físico de alta intensidade;
- Menopausa.
A escolha da técnica cirúrgica para correção da assimetria mamária deve ser individualizada. Essa decisão deve ser tomada em conjunto com o mastologista, mas o principal critério a ser utilizado é o desejo da paciente e as expectativas que ela tem com a cirurgia: desejo de mamas grandes, desejo de mamas pequenas, uso de prótese ou mesmo evitar a prótese.
Principais cirurgias estéticas
Implante de prótese
Cirurgia destinada a pessoas que desejam aumentar o volume das mamas com uma prótese de silicone. Esta modalidade é uma das mais procuradas, sobretudo por mulheres mais jovens, com mamas pequenas. O tamanho e modelo (formato e projeção) da prótese ideal para cada caso, bem como a técnica cirúrgica que será utilizada são avaliadas em conjunto comigo, pois além do desejo da paciente, a observação criteriosa de fatores anatômicos individuais é fundamental para que a melhor decisão seja tomada.
Mastopexia
Nessa cirurgia pressupõe-se a retirada de excesso de pele da mama para corrigir casos de flacidez e/ou ptose e correção de assimetrias. Envolve o remodelamento da glândula mamária e gera cicatrizes, que podem ser em torno da aréola (periaerolar), periareolar com extensão inferior ou mesmo o “T invertido”. Pode ser suficiente para a correção de alguns casos, mas em geral demanda a associação com alguma outra técnica cirúrgica para repor volume mamário e gerar preenchimento da mama.
As principais técnicas associadas à mastopexia são:
- Inserção de prótese de silicone;
- Lipoenxertia / lipofilling.
Explante de prótese
É a retirada da prótese mamária. Este procedimento é realizado em dois contextos:
- Pacientes que não desejam mais ter prótese de silicone, por motivos variados;
- Complicações relacionadas às próteses (como rupturas ou endurecimento das próteses – contratura capsular), em casos em que está indicada a retirada da prótese e a paciente deseja ou não pode mais utilizar novo implante.
Nesses dois contextos, pode ser necessária a associação a alguma técnica cirúrgica de remodelamento ou preenchimento mamário para melhora do resultado estético da cirurgia, tal como a mastopexia e o lipofilling.
Lipoenxertia (Lipofilling):
Procedimento que consiste na aspiração de gordura da própria paciente, seleção do componente de adipócitos e injeção dessa gordura nas mamas. A técnica pode ser utilizada para correção de assimetria mamária, para reposição de volume e para correção de defeitos gerados por cirurgias anteriores.
Troca de prótese
A tecnologia das próteses utilizadas atualmente não nos leva a indicação de trocá-las em um determinado prazo. Entretanto, algumas situações podem levar à necessidade de troca das próteses, são elas: deterioração estética, ruptura do implante, contratura capsular (a prótese fica mais endurecida), alteração na posição do implante gerando deformidade e rippling (surgimento de irregularidades ou “rugas” na superfície).
Mamoplastia redutora
Cirurgia que tem a finalidade de reduzir a mama como um todo (pele e volume mamário). Indicada para pacientes com mamas volumosas e com ptose. A cicatriz clássica é a em “T invertido”, mas a avaliação de cada caso individualmente irá guiar a técnica cirúrgica escolhida.